quarta-feira, 1 de junho de 2011

Tenham dó

As últimas semanas, em particular as duas últimas, foram pobres, tão pobres que meteram dó. O que lemos, vimos e ouvimos leva qualquer Pitonisa a profetizar que os anos vindouros são o reflexo das prestações politicas em pré-campanha e campanha. Este dia de reflexão provoca uma sensação de vazio, a sensação daquela estranha calma prenuncio da mais pavorosa tormenta.
Nunca nas quase 4 décadas de democracia em Portugal houve intervenções políticas tão fracas, tão carentes de soluções para o país, tão falhas de criatividade. E porquê? Porque desta vez, perante o espartilho de constrangimentos financeiros e orçamentais que vai balizar a actuação governativa era necessário algo mais dos proponentes partidários. Era preciso ser-se politicamente sério, ser-se realista, ser-se criativo, ser-se estadista em suma. Tudo predicados há muito engavetados.
Alguns disseram por estes dias que agora é a sério para tentar reforçar a importância do ato eleitoral de domingo, o que leva a concluir, também sem surpresa, que o voto tem sido desconsiderado.
Quanto á plebe já sabe: vire-se para onde se virar o cenário presente e para o futuro está montado pela “troika”, o resto tem sido musica, ainda por cima fora de tom.