quinta-feira, 19 de maio de 2011

Fra(n)queza


Mais do que nunca pede-se franqueza aos políticos. Se houve ou há algum momento na era da democracia no país em que essa oportunidade deve ser aproveitada para uma reconciliação com os portugueses, esse momento de franqueza e não de mais uma fraqueza que é a ocultação da verdade, são as próximas eleições legislativas. Os políticos aprendem rapidamente que a franqueza é um bem caro, na vida pública.
Do que temos lido e ouvido até agora, a sensação é de que a pré-campanha tem se revelado mais uma enumeração dos erros do passado, aqui e ali com o discurso politico polvilhado de conteúdos técnicos que a maior parte de nós não percebe e de um discurso politiqueiro pouco adequado ás circunstancias actuais do país.
Mas os sinais estão aí, assentes na frieza dos números. No final da passada semana nada mais esclarecedor do que a constatação da recessão já nos primeiros três meses deste ano e de um aumento do desemprego para 800 mil pessoas em 2012. Estas e outras previsões economicas que vão caindo como certezas no nosso quotidiano deixam antever consequencias imprevisiveis na reanimação do país, têm surgido no discurso de alguns como algo perfeitamente normal e até compreensível.
A mentalidade prevalecente dos partidos neste momento como em outros que nos conduziram a este "estado de sitio" parece continuar a estar de acordo com um provérbio italiano que diz ser preferível perder a sela do que perder o cavalo.


                               

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